O novo tipo de coronavírus, identificado no fim do ano passado na China, na província de Wuhan, pertence a uma grande família viral que atinge o sistema respiratório. Sua capacidade de contagio gerou alerta internacional. Assim, o Conselho Federal de odontologia , com base em levantamento divulgado pelo Ministério da Saúde, apresenta medidas que cirurgiãs(ões)-dentistas devem adotar como forma de prevenção de infecções respiratórias, como a causada pelo coronavírus (COVID-19).
Vale lembrar que ainda estão sendo realizadas investigações sobre as formas de transmissões do novo tipo do coronavírus. Contudo, já se sabe que a disseminação ocorre de pessoa para pessoa. O vírus pode ser transmitido pelo ar, por meio de gotículas de saliva, espirro ou tosse, e também contato com secreções e superfícies ou objetos contaminados, seguido de toque na boca, nariz ou olhos.
É altamente recomendado a profissionais de saúde, entre eles cirurgiãs(ões)-dentistas, não negligenciar medidas de precaução padrão durante os procedimentos, como o uso de máscaras N95 , luvas, avental e óculos de proteção.
Também são medidas consideradas importante para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o coronavírus, lavar as mãos frequentemente com água e sabonete por pelo menos 20 segundos, respeitando os 5 momentos de higienização. Se não houver água e sabonete, usar um desinfetante para as mãos à base de álcool 70%. Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas. Evitar contato próximo com pessoas doentes. Ficar em casa quando estiver doente. Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo. Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência.
Além disso, o CRO também aconselha aos profissionais da saúde bucal a se imunizarem contra a gripe. A campanha nacional de vacinação contra a Influenza (tipos A, B e C) foi antecipada pelo Ministério da Saúde como estratégia para não sobrecarregar os atendimentos hospitalares em casos de gripe e auxiliar os profissionais de saúde a acelerarem o diagnóstico para o coronavírus. Os sinais do COVID-19 são muito semelhantes a um resfriado, sendo febre, tosse e dificuldades respiratórias os sintomas mais comuns. O vírus pode também causar infecção do trato respiratório inferior, como as pneumonias. Em caso de suspeita, a(o) cirurgiã(o)-dentista deve encaminhar o paciente para atendimento médico com o descritivo dos sintomas observados pelo profissional a fim de identificar o material genético do vírus em secreções respiratórias.
De acordo com o Ministério da Saúde a maioria das pessoas se infecta com algum tipo de coronavírus ao longo da vida, sendo os mais comuns o alpha coronavírus 229E e NL63 e o beta coronavírus OC43 e HKU1. Nos últimos anos, outras duas epidemias foram desencadeadas por membros desta família: a SARS (Síndrome Respiratória Aguda Grave), causada pelo SARS-CoV, e a MERS (Síndrome Respiratória do Oriente Médio), causada pelo MERS-CoV.
Segundo a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), a “nova” doença é causada por uma variante do vírus causador da SARS e está sendo chamada de COVID-19. No dia 11 de março, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia do novo coronavírus. Considera-se que uma doença infecciosa atingiu esse patamar quando afeta um grande número de pessoas espalhadas pelo mundo. Apesar da grande capacidade de transmissão, a taxa de mortalidade da doença não é considerada alta, ficando em cerca de 3,6%.
Liana Leite
Cirurgiã - Dentista
Atende na Uniclinica Gravatá (81) 3533-6218
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